O livro Três Décadas de Planejamento das Áreas Rurais – balanço e perspectivas chega em momento muito oportuno. A crise mundial que enfrentamos – sanitária, econômica, social, ambiental e institucional – demanda uma reflexão profunda sobre os rumos do desenvolvimento e sobre a nossa capacidade de planejar e construir um futuro mais justo, igualitário e sustentável.
As desigualdades estruturais que marcam a América Latina se fizeram notar mais do que nunca a partir de abril de 2020, nos afastando ainda mais da possibilidade de alcançar em 2030 os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Este livro apresenta dois tipos de contribuições para o debate sobre os processos de digitalização dos mercados alimentares. Na primeira parte, seis capítulos sumarizam os principais resultados de um projeto interinstitucional de pesquisa sobre estratégias cooperativas de inclusão produtiva da agricultura familiar por meio de plataformas digitais de comercialização. Sob os auspícios da Cátedra Itinerante sobre Inclusão Produtiva Rural do Cebrap Sustentabilidade, o projeto “Inclusão produtiva em um contexto de múltiplas transições: tecnologias digitais, acesso a mercados e promoção de sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis” foi coordenado pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Agricultura, Alimentação e Desenvolvimento (Gepad) e contou com a colaboração de pesquisadores de várias universidades: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Instituto Federal Farroupilha (IFFar); Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS); Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS); Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc); Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
O livro coordenado por Arilson Favareto aborda as metamorfoses da questão agrária contemporânea ao mostrar como as formas de acesso, posse e uso da terra e da natureza se traduzem em questões políticas e econômicas que são de interesse do conjunto da sociedade.
Após percorrer 7 mil km de estradas, analisar dados e entrevistar mais de 150 pessoas de diferentes grupos sociais, os autores evidenciam como o desmatamento e a degradação ambiental não são, como dizem alguns, um custo do processo.
A análise da dinâmica territorial recente do Matopiba não tem como ponto de chegada a responsabilização do agronegócio por todos os problemas e conflitos evidenciados. Mas deixa claro como é pouco satisfatório e perigoso para o Brasil aprofundar sua trajetória atual, apoiada na crescente dependência deste setor como vetor de crescimento econômico.
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